MARCOS ARQUITETÔNICOS PELO MUNDO | Museu Guggenheim Bilbao

Um Ícone da Arquitetura Moderna

A arquitetura contemporânea tem produzido obras- primas que transcendem sua função prática, tornando-se símbolos icônicos de uma cidade ou região. O Museu Guggenheim Bilbao é um exemplo notável desse fenômeno. Localizado na cidade de Bilbao, no norte da Espanha, o museu se destaca como uma obra de arte em si mesmo, uma fusão harmoniosa de design visionário e engenharia arrojada.

Inaugurado em 1997, concebido pelo arquiteto canadense Frank Gehry, o museu logo se tornou um
marco na cidade de Bilbao, no País Basco, Espanha – uma cidade que enfrentou grandes desafios após o declínio da indústria pesada. Com o objetivo de revitalizar a região, as autoridades locais buscaram uma abordagem inovadora e decidiram investir em uma instituição cultural de renome internacional. O resultado foi o Museu Guggenheim Bilbao, que rapidamente se tornou um ícone da arquitetura contemporânea.

As atrações, além da arquitetura, ficam por conta das obras de Picasso e Van Gogh permanentemente expostas no museu.

O Museu Guggenheim Bilbao tem 24.000 m² de superfície, dos quais 11.000 são destinados ao espaço
expositivo. A obra, apesar de chamar muito a atenção na cidade, consegue se integrar perfeitamente aos
arredores. A cobertura do Museu Guggenheim Bilbao é feita de superfícies de titânio curvada em vários pontos. Outros materiais presentes são o calcário e o vidro. O formato em curva, além de dar sensação de movimento, foi projetado para capturar a luz.

O revestimento lembra escamas de peixe, uma característica presente em outras obras de Frank Gehry.

Confira a reportagem da DW e veja cada detalhe deste marco arquitetônico que encanta o mundo.

Ecos de Antônio José Landi na obra de Odair Mindello.

Giuseppe Antônio Landi foi um artista revolucionário cuja obra ecoa até hoje pelas ruas das cidades amazônicas. Nascido em 1713 em Bolonha, na Itália, veio ao Brasil sob indicação do rei Dom João para ser um naturalista, reproduzindo afrescos sobre a flora e a fauna da região. Entretanto, chegando aqui acabou arquitetando monumentos, casarios e igrejas no período barroco da Amazônia – o que o transformou em um ícone profundamente arraigado à cultura e às cidades como um todo. Tal fato inusitado também o converteu em precursor no mundo do neoclássico, já que a execução das obras pelos empregados da época não obtinha o mesmo domínio do barroco europeu, criando composições mais orgânicas e contornos mais retos até então inexistentes nos demais países do mundo.

Foi justamente essa convergência de estilos em voga na Itália em Portugal, que estabeleceu uma íntima relação com a concepção de novas técnicas e estilos para a região Norte do Brasil. Vale lembrar que Landi era um exímio conhecedor do barroco italiano e tinha nas veias os ensinamentos da academia das artes de Bolonha na Itália. Agora imagine todo este repertório de encontro a um Brasil tropical e colonial: o resultado não poderia ser mais inspirador e revelador.

Seu legado de obras pela cidade é prolífico e inclui construções emblemáticas, como a parte frontal superior da Catedral Metropolitana de Belém, as atribuições a igrejas, casarios e o Palácio dos Governadores. Estas são apenas algumas das obras assinadas por este mestre do barroco.

Essa íntima relação com a cidade e a fusão de estilos é inspiração na paisagem de Belém e para o artista plástico paraense Odair Mindello. Admirador da obra e da arte de Landi, o artista busca no estilo livre e contemporâneo a expressão genuína do povo paraense. Em suas telas é possível ver algumas construções de Landi, além do Círio e outros elementos da fé tão presente no imaginário deste Estado.

O barroco e o neoclássico se fundem de diferentes formas, criando composições que expressam a alma e a verdadeira essência de toda uma região.